Em síntese: A revista norte-americana SURSUM CORDA ! Special edition  1996, refere a notícia de que nos últimos anos cinqüenta pastores  protestantes se conver-teram ao Catolicismo, sendo que outros mais estão  a caminho da Igreja Católica. Cita vários casos de tal ocorrência,  expondo os motivos que levaram tais cristãos à conversão. As três razões  mais freqüentemente apontadas são as seguintes: 1) o subjetivismo que  reina nas denominações protestantes em conseqüência do princípio do  "livre exame da Bíblia"; cada cristão é tido como apto a interpretar a  Palavra de Deus segundo lhe pa-reça ;2) o retorno à literatura  patrística ou dos oito primeiros séculos da Igreja, eviden-ciando o modo  de entender a Bíblia pelos antigos cristãos ; 3) a definição do Cânon  da Bíblia, que não é deduzida da própria Bíblia, mas sim da Tradição  Oral, que é anterior à Bíblia e a identifica ou abona, indicando o  respectivo catálogo.* * *A revista norte-americana SURSUM CORDA !  Special edition 1996, refere a notícia de que nos últimos anos cinqüenta  pastores protestantes se converteram ao Catoli-cismo, sendo que outros  mais estão a caminho da Igreja Católica. O artigo respectivo, da autoria  de Elizabeth Althau, tem por título Protestant Pastors on the Road to  Roma (pp. 2-13). Cita vários casos de tal ocorrência, expondo os motivos  que levaram tais cristãos à conversão. Visto o significado muito atual  de tal fenômeno, publicamos, a seguir, em tradu-ção portuguesa, quatro  de tais relatos.1. INTRODUÇÃONos últimos dez anos, no mínimo cinqüenta  pastores protestantes, na maioria evangélicos, renuncia-ram às suas  funções e encontraram o caminho para a Igreja Católica. Cada qual passou  por conflitos de mente e de coração ; cada qual sacrificou conforto e  segu-rança. Muitos haviam sido induzidos, por especial doutrinação, a  temer e desprezar a Igreja Católica ; os demais simplesmente  consideravam-na como a mais errônea de todas as seitas. Já que um dos  fatores mais penosos dessa caminhada é a solidão, alguns dos ex-pastores  constituíram uma sociedade chamada The Network ( A Rede ) para se  ajudarem mutuamente na caminhada. Dos cento e cinqüenta membros dessa  sociedade, cerca de cem ainda estão desenvolvendo seu processo de  conversão. E a lista vai crescendo...2. EXCOMUNGADO: BILL BALESBill  Bales cresceu em ambiente presbiteriano progressista em Bethesda, Md.  "Eu tinha uma espécie de fé adormecida em cristo", lembra ele. "Eu não  tinha vida de oração regular nem praticava o estudo da Bíblia. Essas  coisas eram, para mim, secundárias". Bales matriculou-se num curso  preparatório para a Faculdade de Medicina numa Universidade americana ;  jogava futebol. Contraiu uma lesão pulmonar, que o obrigou a penosa  cirurgia. "Comecei a contemplar tais coisas como a morte. Passei a  conviver com cristãos que tinham uma fé robusta. Comecei a rezar: ‘Se  Deus existe, que Ele se revele !". Se existisse realmente, eu ficaria  feliz por crer nele. Comecei a ler a Bíblia, e algumas pági-nas da mesma  tomaram sentido para mim". Passou a freqüentar uma igreja presbiteriana  mais tradicional, e ficou im-pressionado com a conduta de muitos de  seus membros. "Cristo era uma realidade. Você podia ter um  relacionamento com Ele. Não era um feixe de palavras vazias". Bales  deixou de lado seus planos de estudar Medicina. Pôs-se a trabalhar dois  anos numa Pastoral de Juventude de uma igreja presbiteriana ; depois  fez-se pastor numa igreja não denominacional ( não convencional )  protestante. "Mas eu tinha que entrar num Seminário, caso eu quisesse  continuar o meu ministério pastoral. Eu desejava mais aprendizado - e  também algum tempo para pensar a respeito de certas idéias e possíveis  soluções. Havia tantas indagações que me surgiam na mente !". Bales  entrou para o Gordon Conwell Theological Seminary, instituição séria  interdenominacional em South Hamilton, Mass. Essa época foi, para ele,  maravilhosa. "Reverenciavam a Escritura. Alguns dos professores que eu  freqüentava, in-terpretavam o Antigo Testamento de maneira semelhante à  dos Padres da Igreja1 e bem me-lhor do que muita gente no evangelismo.  Não estudávamos a fundo os Padres. Tratava-se mais de uma escola de  treinamento para pastores do que uma escola de graduação". Terminados os  estudos em 1985, Bales aceitou o encargo de pastor associado na igreja  presbiteriana de Gainesville, na Virgínia. A princípio ele esteve ali  muito feliz. "Mas na primavera de 1988, algumas das questões que eu  nunca considerara realmente ou que abordara superficialmente, começaram a  emergir. A mais crucial era a definição do Cânon das Escrituras. Quem  tinha a autoridade necessária para definir o conte-údo do catálogo  sagrado ? É esta uma questão fundamental. Senti-me mais e mais estranho à  resposta calvinista, que eu sempre professara2 ; as outras sentenças  proferidas no mundo protestante, fora do Calvinismo, pareciam-me muito  lacunosas. Eu não estava a ponto de ser atraído pelo Catolicismo, embora  eu acreditasse que devia haver uma resposta para as perguntas que eu  levantava. Desde que Scott Hahn, meu amigo dos tempos de Seminário, se  convertera ao Catolicismo, estava a conversão no meu subconsciente. Na  seqüência dos tempos, eu sentia que devia ser plenamente honesto,  reconhecendo a minha fragilidade da minha posição relativo ao Cânon.  "Uma saída, não satisfatória, porém, seria passar-me para uma modalidade  de protestantismo mais liberal. Se Deus não instituiu uma autoridade  sobre a terra capaz de decidir a respeito de certos problemas, então  parecia que tudo ia pelos ares. Eu não conse-guia contornar esta  questão". Mas, se o Catolicismo era uma possibilidade, Bales tinha uma  série de leitu-ras a fazer, uma série de respostas a confrontar. Ele  encontrou o Development of Christian Doctrine, de Newman, o The Spirit  of Chatolicism de Karl Adam, e algumas obras de Louis Bouyer  especialmente interessantes. "Mais e mais me convenci, através do estudo  da História, de que a doutrina católica já era professada na  antigüidade, talvez em termos menos desenvolvidos, mas já presente nos  antigos. Convenci-me também, mediante as Escrituras, de que, na maioria  dos casos que havia uma definição ( como a do Primado de Pedro ) ou  ainda nos casos contro-vertidos, a Igreja Católica tinha a melhor  argumentação ; isto não quer dizer que eu havia de decidir minha  filiação à Igreja por efeito de alguma passagem bíblica. Eu via também  que, de modo muito lógico e compreensível, a Igreja Católica tinha  crescido, favorecida pela ação de Deus. Parecia mais razoável pensar  assim". No fim de 1989, Bales se sentia pouco à vontade no exercício do  seu minis-tério e da sua pregação. Renunciou a eles no começo de 1990.  "Eu tentava conceber uma imagem pouco atraente do presbiterianismo. Os  presbiterianos tinham sofrido outras defecções: as de Scott Hahn e Gerry  Matatics, por exemplo. Havia um punhado de crentes que não queriam  deixar-me partir". Bales julgava que podia ter evitado uma excomunhão  formal se se transferisse primeiramente para uma igreja episcopal. Mas  ele estava sinceramente certo de que a Igreja Católica era o seu  destino, e ele não o queria negar de público. Em conseqüência, o  pro-cesso de excomunhão contra ele foi iniciado. "Encontrei-me três ou  quatro vezes com pequenas comissões. Da primeira vez tentaram-me  compreender e colheram informações para instituir o processo. Não houve  ja-mais alguma mesquinhez. A terça parte do presbitério votou pela não  excomunhão ; não houve unanimidade". Quais aso as conseqüências da  excomunhão no presbiterianismo ? Existe a concepção generalizada,  declara Bales, de que o excomungado tem que se arrepender, pois está  imerso em determinado pecado. O modo de tratar o excomun-gado varia de  paróquia para paróquia. A minha era de linha muito dura. Essa dureza  intimi-dava. Abandonar a paróquia era molesto. Eu o via como se fosse  morrer para toda aquela gente. A voz dos nossos amigos era suave. Mas a  chefia estava em absoluto interes-sada em que algum membro da  congregação continuasse a ser meu amigo... A comunidade era muito  fechada. Ali havia amizades profundas, um monte de gente boa". Bill  Bales foi recebido na Igreja Católica na festa dos Santos Anjos da  Guarda ( 2/10 ) de 1990.3. PATO MORTO: MARCUS GRODIMarcus Grodi cresceu  numa igreja luterana um tanto liberal, perto de Toledo, Ohio. Era ativo  no Grupo Jovem, catequizava e confirmava os colegas na fé. "Conheci  mui-tas coisas", disse ele, "mas não penetraram em meu coração". "Os  acampamentos de verão dos jovens da igreja pareciam preparados mais para  uma exibição de música do que para temas espirituais". Os colegas de  Grodi na Escola Superior provinham de diversas denomina-ções religiosas,  não, porém, do Catolicismo. "Minha visão do Catolicismo era  extremamente negativa, mas trazíamos um monte de interpretações  mitológicas da Igreja Católica, que se encontrava do outro lado da  cidade. Imaginávamos que estivesse cheia de superstições, e que o povo  estava quase escravizado pelos padres e as freiras". Marcus, porém,  começou a se surpreender, vistas as diferenças existentes entre as  denominações protestantes. Grodi estudava Engenharia em Case Western  Reserve. "Passei três anos sem entrar em uma igreja", declarou. "Eu  estava envolvido numa convivência fraterna e tudo que lhe diz respeito.  Finalmente no verão anterior ao último ano experimentei uma profunda  re-novação da minha fé mediante o testemunho de um amigo - o que  representou uma guinada de 180º na minha vida". Grodi voltou para a sua  igreja luterana e achou que as palavras da Liturgia lhe significam  alguma coisa pela primeira vez. "Mas, quando considerei os bancos da  igreja, vi estudantes de Escolas superiores que eram como eu quando  tinha a idade deles, a recitar palavras sem as compreender. Eu concluí  então que o liturgismo tradicional estava morto ; ele produzia cristãos  de nome apenas, quase destituídos de compreensão. Eu julguei que Deus  queria ouvir algo de diferente, nas as mesmas coisas a cada domingo".  Uma vez formado, Grodi começou a trabalhar como engenheiro e como  após-tolo da juventude. Escolheu o congregacionalismo3 . "Cada igreja  congregacional é autônoma e pode decidir a respeito do que ela quer  fazer. Ela pode redigir seu próprio Credo. É sur-preendente o que  algumas igrejas congregacionais, de fato, crêem". "Eu não rejeito meu  fundo evangélico. Ele me levou de volta para Jesus Cristo. Colocou em  meu coração o sincero desejo de Lhe dar totalmente a minha vida. E creio  que foi por causa desta convicção que agora eu sou católico. Mesmo o  Seminário Gor-don-Conwell, com seu zelo pela S. Escritura e pela verdade  ( visto que era interdenominaci-onal, evitava as questões  controvertidas da Igreja Batista, da metodista e da Presbiteriana ),  proporcionou a muito de nós a ocasião de passarmos para a Igreja  Católica. Grodi voltou para a sua igreja congregacional com entusiasmo e  convicção. Era uma igreja da Flórida: "Eu estava lá nem seis meses  quando percebi que havia algo me-nos bom no congregacionalismo. Mas eu  não sabia indicar exatamente o que era". Grodi entrou na Igreja  Presbiteriana como pastor, mas as dúvidas continua-ram. "Como poderia eu  estar certo de que nossos pontos de vista presbiterianos estavam  corretos em comparação com os de meus irmãos metodistas ou da Assembléia  de Deus ou da Igreja de Cristo ou dos anglicanos - ou até dos católicos  ? Como poderia eu saber que a mi-nha interpretação da Escritura era  coerente com aquilo que Jesus realmente disse ? Eu queria ser fiel. Eu  sabia que um dia comparecerei diante de Jesus Cristo, meu Senhor, e  terei que dar conta das almas das pessoas que eu dirijo. Eu tinha  consciência de que eu devia ter certeza de que os meus ensinamentos eram  verídicos e o meu procedi-mento era correto". Grodi não podia ir pedir  ajuda à chefia da Igreja Presbiteriana, "Eu tinha re-jeitado quase todos  os seus pontos de vista. A maioria deles era muito liberal. Deixavam  muita coisa ao arbítrio de cada um. Nove sobre dez ofícios que chegavam  ao meu escritório proveniente da chefia central, iam parar na cesta de  papéis. Não havia normas. Eu estava reinventando o fio condutor. Não  teria sentido admitir que Jesus fundou uma Igreja e depois deixou tudo  ao léu". Grodi tentou voltar sua atenção para uma denominação mais  conservadora, mas não se sentia à vontade com o que ele chamava o  aspecto de escolha pessoal vigente entre as denominações protestantes.  Renunciou então às suas funções de pastor e voltou para Case Western  Reserve, com a intenção de conseguir o seu Ph.D. em Biologia molecular e  depois associar ciência e religião no cultivo da Bioética. "Eu  imaginava que acabaria sendo um professor de Genética ou de Ética em  alguma faculdade". Não estava longe de terminar a sua tese doutoral  quando numa manha uma notícia de jornal lhe chamou a atenção: "o teólogo  católico Scott Hahn fará uma palestra na paróquia local". Teólogo  católico Scott Hahn ? "Havia oito anos que não nos víamos. Fui en-tão  ouvi-lo, escutei a sua gravação e li o livro Catholicism and  Fundamentalism de Karl Keating. Ao cabo de fazer estas três coisas, eu  era um pato morto". Grodi pôs-se a ler os antigos Padres da Igreja e a  história da Igreja. Ele tinha consciência de que não podia conti-nuar a  ser protestante. "Meu problema é que eu não me podia tornar católico.  Havia coisas estranhas em demasia. Imagine que você foi protestante  durante quarenta anos e se põe a considerar o Menino Jesus de Praga ;  este há de parecer realmente estranho. Eu crescera com todos esses  preconceitos. A Igreja Católica e a Máfia eram, para mim, a mesma coisa.  Os Católicos bebiam e fumavam. Mas verifiquei que, se eu pudesse  confiar na autoridade do magistério situado na cátedra de Pedro, tudo  mais se assentaria em seu lugar certo. Foi o livro Development of  Christian Doctrine de Newman que me convenceu disto. E assim eu já era  um católico". Marcus Grodi foi recebido na Igreja Católica em  1993.Comentário da Redação de PR: Muito interessante é o raciocínio  final de Marcus Grodi. O critério que autentica a Igreja de Cristo ou a  Igreja fundada por Cristo, não é a virtude ou o pecado de seus membros,  pois estes aso criaturas oscilantes, que, hoje virtuosos, amanhã podem  vir a ser pecadores. O critério de autenticidade é a pre-sença de Cristo  na Igreja ou, mais explicitamente, a assistência prometida por Cristo à  sua Igreja confiada a Pedro e seus sucessores ( cf. Mt 16, 16-19 ; 28,  18-20 ; Jo 14, 26 ; 16, 13-15 ). Quem crê nesta promessa de Jesus, adere  logicamente à Igreja Católica e sabe considerar o comportamento dos  fiéis católicos dentro dos moldes da fragilidade humana ( também  existente entre os protestantes ) ; há certamente entre os católicos  belos testemunhos de santidade. O que importa, porém, é Cristo presente e  atuante, e não a conduta de homens fiéis ou infiéis a Cristo.4. O HOMEM  CÓSMICO: STEVE WOODO caminho de Steve Wood para o Seminário  Gordon-Conwell foi muito dife-rente do de Bill Bales e Marcus Grodi. Ele  foi educado por pais fiéis dignos presbiterianos, mas "não como uma  criança dócil", dizia ele. "Eu lhes dei muita dor de cabeça. Fui  ingrato, rebelde e teimoso". Após um par de anos muito desregrados na  mais desregrada república da Universidade da Flórida, Steve desistiu de  tudo, e entrou para a Marinha. Pôs-se a procurar uma alternativa para o  hedonismo ou a procura sistemática do prazer. Quando o seu navio estava  no porto da baia de Virgínia, Steve empregou o seu tempo livre no Edgar  Cayce Institute, aprendendo misticismo e meditação orientais. Todavia um  amigo guru insistiu em que Steve aprofundasse sua própria religião,  antes de procurar formas mais elevadas de consciência de si mesmo. "Nada  quero com o Cristianismo !" protestava Wood. Mas, diante, da  insis-tência do seu amigo, Wood comprou uma Bíblia. "Eles vendem Bíblias  no Cayce Institute de todos os tipos. Minha teologia foi fraca, de tal  modo que eu não sabia a diferença entre aqueles que tem ‘Evangelhos  secretos perdidos’ e aqueles que não os tem. Já que eu não tinha  capacidade de discernir, eu continu-ava a proferir os meus Ohms, meus  mantras diante da prateleira de Bíblias. Por graça de Deus, eu adquiri  uma Bíblia autêntica". Wood julgava que acharia a Bíblia árida e cheia  de poeira. Surpreendeu-se, porém, porque a encontrou muito dinâmica.  Logo ele se deixou persuadir da natureza divina e da missão de Jesus  Cristo assim como da sua própria pecaminosidade. Ele passou assim por  uma profunda e clássica conversão evangélica. Wood sentiu-se atraído  pela Capela do Calvário na Califórnia, santuário não-denominacional  muito impregnado de significado bíblico, que era procurado por muitos  jo-vens. Ele aprendeu a desprezar o Batismo que ele havia recebido como  criança, julgando que o Batismo de crianças era um infeliz vestígio do  Catolicismo Romano. Estudou hebraico e grego numa escola da Assembléia  de Deus e exerceu sua atividade pastoral com a juven-tude na Capela do  Calvário. A seguir, retornou para a Flórida na esperança de acender nos  jovens do lugar a fé muito viva que ele havia experimentado na  Califórnia. Em 1978 foi ordenado por uma igreja carismática  interdenominacional. Batizou de novo muitos católicos e protestantes.  Entrementes encontrou-se com aquela que se tornou sua esposa Karen.  Pouco depois, ele se matriculou no Gordon-Conwell Seminary. Ficou muito  surpreso ao aprender que muitos teólogos protestantes de bom nome  aprovavam o Batismo de crianças. O casal Steve e Karen Wood estava à  espera do seu primeiro filho, o que tornava urgente a solução da  questão. "Eu estava para ser pai de uma criança chamada à vida eterna e  eu queria estar seguro de proceder corretamente. Afinal concluí pela  validade do Batismo de crianças - conclusão que me foi muito difícil.  Não somente ela me levou a maior aproximidade da Escritura, mas também  me fez voltado para a história da Igreja." Wood tornou-se pastor de uma  igreja protestante nova em Venice, Fla. , onde ele serviu durante quase  dez anos. Continuava a estudar e a perguntar como Cristo queria que  fosse sua Igreja. Levou sua congregação a filiar-se à Igreja  Presbiteriana da América, e pôs-se a ler mais assiduamente os Padres da  Igreja: "Se você quer encontrar a Igreja, eis os seus sinais a ser  descobertos: una, santa, católica e apostólica, como refere o Credo de  Nicéia (325), pelo qual nós professamos a nossa fé. Os reformadores  protestantes mudaram as notas de identidade da Igreja e, se você muda as  notas, nunca encontrará a Igreja. A Igreja é una. Mas um diagrama da  Igreja Presbiteriana nos dois últimos séculos se parece com o desenho  esquemático para uma placa de computador". Wood meditou muito sobre a  oração de Cristo na última ceia. Ele pediu em prol da unidade da Igreja.  Wood estava convicto de que Cristo tinha em vista ano apenas uma  unidade espiritual dos crentes, mas sim uma unidade visível, tão  perceptível que os não crentes a pudessem descobrir, como Jesus disse, a  fim de acreditarem. Ele pregou sobre essas notas num sermão datado de  1986. Disse aos seus fiéis que não compreendia como podia acontecer que  essa oração de Cristo poderia ficar sem resposta. "A Igreja Católica  ficava ainda fora de cogitação para mim. Você sabe algu-mas vezes a  verdade é identificada com uma pessoa para que o impensável se possa  tornar pensável". Sim. Eu ouvi dizer que Scott Hahn era uma causa  perdida. Mas eu pensei que era meu dever chamar Gerry Matatics e  falar-lhes da Igreja". Wood se esforçou. Ele se adentrou nos Padres da  Igreja antiga. Ele conversou com sua esposa. A questão do governo da  Igreja tornou-se obscura, não mais clara: "Os Apóstolos impuseram as  mãos sobre homens, e os designaram como ofi-ciais da Igreja". Wood fora  perturbado durante anos pela tese protestante referente ao vínculo  matrimonial. Ele então estava chegando a conclusão de que Cristo o  queria indissolúvel. Desanimado por causa da esterilidade de um ativismo  em favor da vida que durara muitos anos, ele começou a perceber que  somente a santidade do casamento podia oferecer um fun-damento sólido  para se conceber a santidade da vida. Ele preparou um sermão sobre  Oséias, o profeta do Antigo Testamento cuja esposa se foi para tornar  uma prostituta. "Deus mandou Oséias que trouxesse de novo a sua esposa  para casa. E ser-viu-se do adultério desta mulher para ilustrar a  apostasia do povo de Israel. Como procede-ria eu para apresentar a lei  de Cristo, que era também a da Igreja católica, e uma assembléia  protestante ? Pior ainda: depois que terminei o sermão, tomei  consciência de que não deve-ria dar a comunhão a pessoas divorciadas e  de novo casadas". Ele se desculpou junto à congregação, pronunciou uma  benção e partiu para o seu escritório. Os mais antigos o seguiram e  aceitaram a renúncia ao cargo. Poucas semanas depois, Wood foi cumprir  uma sentença que o condenava a sessenta dias de prisão por ter, numa  clínica, dissuadido alguém a abortar. Na prisão ele leu muito e pediu a  Deus para que descobrisse a verdadeira Igreja. Ele esperava receber uma  inspiração. Em lugar disto, ele recebeu uma visita: a visita do Bispo de  Venice. Steve e Karen Wood foram recebidos na Igreja Católica em julho  de 1990.5. MISSIONÁRIOS ENVIADOS AO CATOLICISMOMuitos dos convertidos do  protestantismo ao Catolicismo começam por ques-tionar as suas crenças  protestantes ao perceberem as muitas interpretações dadas à S.  Escri-tura por homens de boa vontade. Kristine Franklin foi educada como  "uma cristã bíblica" fundamentalista em Tacome ( Washington ). O seu  marido Marty era de família episcopal ( anglicana ) e fora batizado numa  comunidade chamada "Vida Jovem" ( anglicana ). Explica Kristine  Franklin que aprendeu desde criança a valorizar entremente a vocação de  missionário(a) em terra estrangeira. "Meu irmão e minha irmã mais velhos  se tornaram missionários, ele na Espanha, em El Salvador, em Costa Rica  e no México, afas-tando os católicos da Igreja de Roma. Minha irmã e  seu marido foram à Nova Guiné". Logo depois de se casarem, Marty e  Kristine se puseram a planejar sua ativi-dade missionária. Levaram oito  anos a se preparar para tanto, e dois anos e meio para anga-riar fundos  que lhe permitissem viajar para além-mar. O casal foi primeiramente para  Costa Rica, depois para a Guatemala. Havia na Guatemala grande número  de missionários protestantes, trabalhando entre católicos. Dizia  Kristine: "...trabalhando com grande sucesso, porque os católicos não  estão devidamente instruídos na fé e - esta é a minha opinião - porque  os missionários ame-ricano, ao chegarem, oferecem vantagens de vida de  estilo americano". Disse ainda Kristine: "Quando estávamos na Guatemala,  várias coisas se tor-naram muito claras para mim. Uma delas era que,  apesar de toda a minha educação religiosa, eu não sabia nada a respeito  do Catolicismo.. Só tinha noção daquilo que me haviam dito e de que era  uma religião falsa". Num grupo de estudos da Bíblia Kristine Franklin  encontrou pela primeira vez uma católica romana muito fiel. "Olhando  para trás agora, verifico que ela foi para mim um desses marcos ao longo  da estrada. Era uma mulher profundamente devota, provavelmente da minha  idade ; não era missionária. Tornava-se muito claro, a partir de suas  palavras e de sua conduta, que era uma católica muito dedicada a Jesus  Cristo. Foi surpreendente para mim, depois que ela se foi, ouvir outras  mulheres se referirem às suas tentativas de a evangelizar, pois era  óbvio, para mim, que ela não precisava de ser evangelizada. Outra coisa  que me impressionou, é que meu marido estava dando aulas para crianças  norte-americanas e canadenses, pertencentes a cerca de quarenta  denominações. Assim pudemos tomar consciência do que era o  protestantismo americano na América La-tina; também somos bombardeados  pela realidade do protestantismo, que é um conjunto de grupos nos quais  cada um tem sua mensagem própria. Entre aqueles que trabalham em áreas  rurais, há um acordo tácito sobre essas diferenças: de um lado da  montanha, acham-se os pentecostais e, do outro, os metodistas. Estes  dizem àqueles: ‘Se vocês não ensinarem ao meu povo que ele tem que falar  em línguas para receber o Espírito Santo, nós não diremos à gente de  vocês que eles tem que batizar suas crianças". Além de sentir-se  perturbado por essa ampla variedade de doutrinas e práti-cas existentes  entre os missionários, o casal Franklin foi impressionado pelo  analfabetismo ou quase analfabetismo de alguns membros do clero  protestante. Alguns tem apenas a instrução primária e logo são feitos  pastores. Outros proclamavam a si mesmos ministros do Evangelho, sem ter  o devido aprendizado ; talvez tivessem um exemplar de partes da  Escritura Sagrada. Eles traziam um monte de perguntas. Você não pode  traduzir a Bíblia para o linguajar de cada um deles. Você tem que lhes  ensi-nar uma maneira totalmente nova de ver o mundo. E você tem que lhe  transmitir um sistema de interpretação da Bíblia. E aqui está a  pergunta:... qual sistema ?" Apesar de tudo, esta não era a questão mais  difícil. "Para mim, era realmente intrigante o fato de que eu vinha de  um nível de instrução e vivia numa região em que havia 60% de  analfabetos. Comecei a me colocar per-guntas como: ‘Como alguém se pode  tornar cristão se não sabe ler ? Se minha responsabili-dade, como  cristã, consiste em conhecer minha Bíblia por dentro e por fora e  entender de teologia e estudá-la diariamente e chegar a conclusões  teológicas próprias ( quero dizer que o protestantismo está baseado na  interpretação pessoal que cada um dá a Bíblia ), como é que aquele povo  poderia realizar isto ? Que é que este povo tem de cristão se ele não  sabe ler ? E nunca chegarão a ler. Que é que Deus jamais teve em vista  para eles ? E pense agora: há atualmente poucos séculos tais povos da  América Latina podem conseguir ler, mas no resto do mundo há uma  multidão de gente que não sabe ler. Que é o Evangelho para eles ? Quem  será responsável pela tarefa de ir até eles para lhes pregar a verdade ?  O casal Franklin pôs-se a discutir estas e outras perguntas. Se, de um  lado, havia boas novas pelo fato de que a Guatemala se estava  protestantizando, de outro lado a história da Europa Ocidental sugeria  que as coisas não iam tão bem. "As nações européias que se passaram para  o protestantismo em conseqüên-cia da Reforma, são agora países sem  Deus. Quando a Reforma os atingiu, os povos foram protestantizados por  um certo número de gerações; depois destas, quase como conseqüência  natural, se tornaram sociedades ateístas. De acordo com o meu modo de  ver, isto acontece porque, se você introduz o princípio do livre exame e  da interpretação privada ( pessoal ) da Bíblia, você, na verdade, está  introduzindo o povo no conceito de que a verdade é algo de subjetivo.  Ora o Catoli-cismo e nossa fé cristã estão baseados em verdades  objetivas. E se o povo deixar de crer em princípios absolutos de Moral.  Na igreja pro-testante da Guatemala, de classe média, em que nós  servíamos, havia um bom número de pessoas divorciadas e casadas de novo.  Perguntamos a um desses casais com que fizemos amizade: ‘Como é que  vocês se tornaram protestantes ?’ A esposa do homem em questão o  abandonara e ele não conseguiu anular seu primeiro casamento... Foi-me  parecendo que o protestantismo na Guatemala está muito ligado ao modo de  vida norte-americano. Ele se parece com algo importado, à semelhança  dos hamburgers de McDonald e Reebok". A Igreja na qual o casal Franklin  servia, distava, de sua casa, cerca de dez milhas. Num domingo eles  voltavam de carro para casa com seus dois filhos. Passaram di-ante de  uma igreja católica que ficava a dois quarteirões da sua residência.  "Minha filha, que tinha quatro anos aproximadamente, disse: ‘Mãe, por  que não entramos na igreja católica ?’ Tomei consciência de que eu não  tinha resposta. Eu não podia dizer: ‘Porque eles não ensinam a verdade’,  pois eu não pensava assim... Pude verifi-car que nós, os protestantes,  escolhíamos as nossas igrejas de acordo com a nossa doutrina pessoal.  Isto faz de nós a autoridade suprema, que julga o que é verdade e o que é  correto. Isto realmente me impressionou: minha interpretação da  Escritura é o critério da verdade. Eu escolho minha verdade. Eu escolho  minha verdade cristã. Então começamos a ler uma série de livros de  história da Igreja. Fomos servir numa igreja episcopal, que ficava nos  arredores. Nunca nos tínhamos aproximado do Cato-licismo. Meu marido não  entendia a Liturgia. Eu nunca tinha assistido a um ofício litúrgico.  Qual foi nossa impressão ao presenciarmos um cerimonial litúrgico pela  pri-meira vez ? Eu gritei. Sentia-me tão bem que me ajoelhei para a  Comunhão. Havia ali uma beleza, embora tudo me parecesse tão estranho.  Era bonito ver as crianças ser levadas ao Batismo. Eu fora educada numa  tradição anabatista, que não aceita o Batismo de crianças, de modo que  eu nunca vira tal coisa. Era grandiosa a ênfase dada à Liturgia, na qual  a Eucaris-tia se sucedia ao sermão. Em meu coração havia algo que eu  nunca experimentara antes. Não sou uma pessoa que anda à cata de  experiências, pois a teologia ali era quase nula, renunciamos à nossa  missão, e voltamos para os Estados Unidos. Não sabíamos onde íamos  parar. Só sabí-amos que não podíamos continuar a ser protestantes". O  casal Franklin tinha deixado nos Estados Unidos uma igreja muito  dinâ-mica. Não podiam voltar para ela. "Era difícil, pois lá tínhamos  amigos. Não sabíamos onde nos agarrar. Apesar de tudo, procuramos a  igreja episcopal dos Estados Unidos. Era um bom oásis. Neste come-çamos a  estudar seriamente a doutrina católica. Não tardou muito e já podíamos  superar a antítese ‘Escritura versus Igreja’. Já não era difícil  fazermos a síntese de uma e outra. Algu-mas das outras doutrinas ainda  nos pareciam difíceis... Mas, já que tínhamos vivido fora de nossa  cultura, havíamos aprendido a considerar as coisas com olhos diferentes.  Era o que acontecia: tínhamos aprendido a olhar o Catolicismo um pouco  mais como ele é ou sem pre-conceitos. Para nós, a grande questão era:  ‘Que é a verdade ? E como a podemos reco-nhecer ? E sobre que base hão  de repousar nossas crenças ? Como havemos de decidir?’ Quando nos  pusemos a comparar a face nítida da Igreja Católica com a face nítida do  protes-tantismo, a Igreja Católica ganhou nos planos da lógica, da  história, da filosofia e da Escri-tura. Todas as nossas respostas lá se  encontravam".6. REFLETINDO...Os testemunhos atrás citados sugerem, entre  outras, três reflexões principais.6.1 SubjetivismoUm dos grandes  motivos para a conversão dos irmãos em pauta foi o subjeti-vismo do  protestantismo. Cada crente é incitado ao livre exame da Bíblia, donde  cada qual deduz seus princípios de fé e de Moral. É isto que explica o  esfacelamento da Reforma: na época em que Marty Franklin ensinava, havia  crianças de quarenta denominações protestan-tes na turma. Encontram-se  também crentes que estão fora de alguma denominação ou de algum sistema e  se guiam unicamente pela Bíblia, lida e entendida segundo lhes parece.  Tais atitudes não podem deixar de esvaziar o próprio Cristianismo, pois  há denominações oriun-das do protestantismo que já não são cristãs, como  as Testemunhas de Jeová , os Mórmons, a Ciência Cristã... Os séculos  XVI e XVII deram origem ao subjetivismo do pensar ou à relativi-zação da  verdade. Lutero (U 1546) foi o arauto desse subjetivismo em matéria de  religião, e Descartes (U1650) o foi no tocante à Filosofia. De Descartes  em diante a Filosofia se volta quase exclusivamente para a capacidade  de conhecimento do homem e vai relativizando a verdade, tanto no  sensismo (Thomas Hobbes, Condillac) como no idealismo (Kant, Hegel). Ora  Deus não se terá revelado aos homens, entregando ao léu ou ao arbítrio  dos homens a sua Santa Palavra. Era sábio instituir uma instância que  garantisse a conserva-ção incólume da sua mensagem: foi o que Jesus  Cristo fez, confiando a Pedro e seus sucesso-res a guarda do Evangelho  (cf. Mt 16,16-19 ; Lc 22,31s ; Jo 21,15-17 ; Jo 14,26 ; 16, 13-15); a  única Igreja fundada por Cristo tem a certeza de que Jesus lhe está  presente e lhe assiste até o fim dos tempos (cf. Mt 28, 18-20) de modo  que nela se mantém inata a verdade trans-mitida pelo Senhor Deus aos  homens. A verdade é algo de objetivo, independente do parecer subjetivo e  da cultura dos homens ( isto não quer dizer que ela não interpele  pessoalmente a cada ser humano). É, pois, na Igreja Católica que se  encontra o depósito da fé íntegro e fielmente conservado. Este depósito é  como uma semente que vai desdobrando suas virtualidades, de modo que no  decorrer dos tempos se vão descobrindo as riquezas contidas na semente  da Palavra de Deus; essa descoberta é homogênea ou está em continuidade  com suas origens e é garantida pela assistência do Senhor Jesus e do seu  Espírito.6.2 A Definição do Cânon (catálogo) bíblicoUm dos pontos  cruciais que abalaram os convertidos em foco, era o de saber como se  definiu o catálogo dos livros sagrados. Certamente não é a própria  Bíblia que de-limita o seu catálogo; é algo de fora da Bíblia, anterior à  Bíblia ou é a Tradição oral. É esta que autentica e recomenda os  escritos sagrados. Por conseguinte, é ilusório dizer alguém que segue  somente a Bíblia; segue, sim, a Tradição oral que apresenta a Bíblia e,  conseqüente-mente, apresenta o sentido ou a interpretação da Bíblia. Os  católicos seguem a Tradição oral que parte de Jesus Cristo e dos  Apóstolos. Os protestantes seguem a Tradição oral que vem dos judeus de  Jâmnia e que é adotada pelo fundador da respectiva denominação ( Lutero,  Calvino, Wesley...); este fundador do século XVI ou posterior dá início  à tradição oral e ao modo de interpretar a Bíblia próprio dos  luteranos, dos calvinistas, dos metodistas... Assim os protestantes têm  também sua tradição oral, que é anterior a Bíblia e a acompanha...;  to-davia é tradição oral que não começa com Jesus Cristo e os Apóstolos,  mas começa com um homem "iluminado" dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX,  XX...6.3 A História do CristianismoOs convertidos de que falam os  relatos atrás, verificaram que o Cristianismo não começou com Lutero nem  com Calvino, nem com Wesley... mas começou com Jesus Cristo. É  importante, portanto, retroceder para trás do século XVI e considerar a  literatura cristã dos primeiros séculos ou os escritos ditos  "patrísticos" ( que vão até o século VIII); tais escritos como os de S.  Justino (U 165), S. Irineu (U 202), Orígenes (U250), S. Basílio (U 379),  S. Atanásio (U373), S. Leão Magno (U 461), S. Gregório Magno (U 604)...  são ainda o eco vivo da pregação dos Apóstolos e dos discípulos dos  Apóstolos ; não há melho-res intérpretes da Palavra de Deus que tais  autores. Foi o que Henry Newman e a Escola de Oxford verificaram na  Inglaterra do século passado, suscitando importante movimento de volta  ao Catolicismo. O Cristianismo não começa no século XVI (nem recomeça em  tal época), mas tem início em Cristo e na geração dos Apóstolos, que  Ele formou e dotou dos carismas do Espírito Santo para que transmitissem  incólume a verdade do Evangelho.1Padres da Igreja são aqueles  escritores que contribuíram para a reta formulação das verdades de fé  relativas à SS. Trindade, a Jesus Cristo, à Igreja, à graça... São  padres (=pais) mediante a transmissão da Palavra da vida. A época  patrística termina com S. Gregório Magno no Ocidente (U 604) e no  Oriente com S. João Damasceno (U749). ( Nota do tradutor).2Para os  reformadores protestantes em geral, um livro é inspirado por Deus se  produz abundantes frutos espirituais para o leitor ou se é escrito em  belo estilo literário ou, ainda, se é de origem apostólica. Como se vê, o  primeiro é muito subjetivo ; o segundo não se aplica a vários livros da  Bíblia, cujo estilo deixa a deseja (cf. Apocalipse). Con-forme o  terceiro critério, poder-se-ia pôr em dúvida a inspiração e a  canonicidade de alguns livros do Novo Testamento. (Nota do  tradutor).3Congregacionalismo é a denominação protestante em que a  Congregação governa a si mesma mediante os pastores que ela escolhe. Não  reconhece hierarquia. ( Nota do tradutor).
Fonte: http://acasosei.blogspot.com/
 
