Seitas cristãs ou pseudo-cristãs:

(Testemunhas de Jeová, Mórmons, Luz do Mundo, Adventistas, Assembléia de Deus, Batista, Amizade Cristã, Igreja do Bom Pastor, Celular, Cristo Vive, etc...). Propriamente dito, as Assembléias de Deus não são uma seita, mas uma rede de comunidades pentecostais independentes que respondem a direções de um conselho central. Contudo, no México estas comunidades assumem muitas características de uma seita na prática e costumam aderir radicalmente a seu pastor.

a) Adotam uma interpretação particular da Bíblia como única norma de vida. Seu texto se converte em arma de ataque e de defesa frente a estranhos. Costumam Memorizar "versículos-chave" para tanto. Não se preocupam muito com o contexto das citações e nem com a verdade histórica de suas afirmações.

b) Costumam desenvolver uma mentalidade de natureza fundamentalista. Seu fervor religioso nasce como reação a um mundo complexo e hostil que ameaça certos princípios qualificados como "intocáveis". Excluem o uso da razão de sua compreensão bíblica e caem facilmente na irracionalidade total. Sua argumentação freqüentemente espelha medo e incerteza, já que desconhecem o diálogo e seu apego ao ditado pela seita raia o absurdo.

c) Proporcionam um ambiente de "poucos fiéis do povo escolhido". Segundo tal, o mundo os persegue porque somente eles têm permanecido fiéis ao que Deus quer. Isto provoca uma profunda
suspeita frente ao mundo externo à seita, estabelecem relações entre membros e não-membros e criam a idéia de que a salvação dos homens será possível apenas dentro dos  estreitos limites da seita.

d) O líder ou fundador da seita é normalmente  elevado ao nível de "profeta", de "ungido de Deus"
ou de visionário. Facilmente exerce um poder absoluto sobre as consciências dos membros que vêem nele um laço direto com Deus. O 'Irmão Samuel', Apóstolo da Luz do Mundo, e Gordon
Hinkley, Profeta dos Mórmons são exemplos típicos.

f) A seita faz o possível para ocupar todo o tempo livre dos seus membros. Abarrota-lhes de
reuniões, serviços, estudos e outras atividades que fazem com que a vida diária do adepto gire em torno da seita. Costumam proibir categoricamente qualquer contato com literatura ou programas não gerados pela mesma seita.

g) Sem exceção, as seitas cristãs e pseudo-cristãs ditam um código moral estreito que afetam todos os aspectos da vida de seus membros. A forma de vestir, a escolha dos esposos, a abstinência do fumo, da dança, da música... Tudo isso serve para separar do mundo os membros, dar-lhes uma identidade externa inconfundível, criar neles uma mentalidade de superioridade moral e reforçar em suas mentes a legitimidade da seita, já  que lhes tira muito de seus maus hábitos anteriores. As Testemunhas de Jeová e Luz do Mundo são exemplos exagerados disso.

h) Muitas seitas criam uma forte expectativa em seus membros quanto ao fim do mundo e a segunda vinda de Cristo. Esta postura de milenarismo ou adventismo resulta em um fanatismo dificilmente compreensível para aqueles que não compartilham da visão do fim iminente.

i) Os grupos de espiritualidade pentecostal (as Assembléias de Deus, a Luz do Mundo, os Nazarenos, etc...) dão muita importância aos sinais exteriores do "poder do Espírito" como o fala r em línguas, o transe místico, as visões, as choradeiras, etc... A seita exerce uma sugestão poderosa sobre os seus para que se produzam estas manifestações de forma contínua nas reuniões dos adeptos.

j) A seita obriga  seus membros a uma ação direta de proselitismo de porta em porta, nas estações de metrô, pelas ruas, etc... como forma de ganhar novos adeptos e de fortalecer a convicção dos membros. Freqüentemente controlam os resultados do proselitismo de forma pública dentro da comunidade, o que serve de pressão aos membros menos inclinados a estar molestando estranhos com suas crenças particulares.